No entanto, Lula segue na liderança de acordo com pesquisa, com 31%; em um cenário sem o petista, Bolsonaro e Marina ficam empatados; confira
A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prejudicou sua candidatura à Presidência da República, mas o manteve na liderança, de acordo com a pesquisa de intenção de voto para a eleição presidencial de 2018 divulgada pelo Instituto Datafolha, publicada no jornal Folha de S. Paulo, neste domingo (15).
Realizada na última semana, a pesquisa aponta Lula com 31% das intenções de voto no cenário mais favorável entre nove pesquisados. Apesar de permanecer como favorito comparando aos levantamentos anteriores, a possível reeleição do petista perdeu força, tendo em vista que, no fim de janeiro, o Datafolha mostrou que o ex-presidente tinha até 37% das preferências .
De acordo com o PT, a intenção é manter Lula como candidato, mesmo com o petista preso no último dia 7 por lavagem de dinheiro e corrupção. De acordo com a Lei da Ficha Limpa, ele não poderia participar da eleição, mas a legislação permite o registro mesmo preso. Sendo assim, caberia à Justiça Eleitoral decidir a legitimidade da candidatura.
Caso a candidatura do petista seja validada, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) fica com 15% das intenções e, em seguida a ex-senadora Marina Silva (Rede) aparece com 10%.
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB), que ainda não decidiu se vai participar das eleições, ficaria em quarto lugar, com 8% dos entrevistados o escolhendo.
Já o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi apresentado como preferido apenas por 6% dos participantes, empatando com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) com 5%.
Sem Lula, Bolsonaro e Marina empatam
Nas análises em que o ex-presidente não é considerado, Bolsonaro ganha mais força, com 17% das intenções de voto, e Marina, que oscila entre 15% e 16%, também. Dessa forma, os dois ficam empatados na liderança.Em terceiro lugar fica Ciro Gomes, com 9% em todos os cenários sem Lula, empatado com Alckmin, com 7% a 8% das preferências. Ambos os nomes já concorreram em eleições presidenciais antes, o que facilita a popularidade entre os eleitores, junto de Marina.
Joaquim Barbosa (PSB), que ficou conhecido por conduta no julgamento do mensalão no STF, em 2012, foi votado com oscilação de 9 e 10%.
Com índices menos expressivos, os dois possíveis nomes cotados pelo PT para substituir Lula, o ex-prefeito de São paulo Fernando Haddad e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, não ultrapassam a casa dos 2% e 1%, respectivamente.
Manuela D’Ávila (PC do B) e Guilherme Boulos (PSOL), que demonstraram apoio ao ex-presidente e se manifestaram contra a prisão de Lula, também tiveram o mesmo desempenho fraco: Manuella atinge 2% das intenções e Boulos chega a 1%.
O presidente Michel Temer (MDB), que também poderá participar da disputa presidencial, também não passa dos 2%. O ex-ministro Henrique Meirelles, também pode ser um candidato pelo MDB e tem apenas 1% das intenções de voto.
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