PT entra com ação no STF para proibir Bolsonaro de recomendar hidroxicloroquina
"As autoridades públicas possuem a obrigação de ter consciência dos desdobramentos de suas falas, de tal sorte que a divulgação de uma possível solução para a COVID-19 inevitavelmente colaborará por uma busca desenfreada por tais medicamentos nas farmácias", destaca um trecho da ação do PT
O PT ingressou com ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) no Supremo Tribunal Federal pedindo que a Corte declare “inconstitucionais os atos omissivos” os atos praticados pelo presidente Jair Bolsonaro e integrantes do Governo sobre a recomendação do uso da hidroxicloroquina.
“As autoridades públicas possuem a obrigação de ter consciência dos desdobramentos de suas falas, de tal sorte que a divulgação de uma possível solução para a COVID-19 inevitavelmente colaborará por uma busca desenfreada por tais medicamentos nas farmácias, sem considerar o potencial lesivo dos efeitos colaterais e, muito menos, da escassez que promoverá àqueles que efetivamente demandam desses medicamentos para seus tratamentos regulares”, declara um trecho da ação.
O documento também cita o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.
Ele havia dito ao ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, que um vermífugo (Annita) seria indicado para debelar o coronavírus. “Os estudos sobre o uso do mencionado medicamento, entretanto, revelam que também o medicamento apontado por Pontes carece de comprovação científica a respeito de sua eficácia em tratamentos com pacientes contaminados pelo coronavírus”, destaca o PT.
A legenda completa: “A divulgação de remédios ‘milagrosos’ apenas serve para mascarar a realidade da gravidade da situação que, como se sabe, não possui nenhuma cura comprovada, o que torna necessária a adoção das medidas de distanciamento social”.
Redação Portal Folha do RN via FocusJor
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